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Oi pessoal, meu nome é Cleiton, estou cursando no momento Administração Pública( bacharelado)na UFU, sou um cidadão que luta pelos direitos individuais e coletivos e uso esse meio lícito de liberdade de expressão para expor os problemas graves do nosso País, principalmente os problemas relacionados a política.

Lembrem -se: "_Só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva, porque quem se omite politicamente deixa que outros escolham o que vai afetar sua própria vida, deixando de ser livre por não ter liberdade de escolha".


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Abaixo segue algumas enquetes sobre assuntos de interesse geral,não deixe de dá seu clik.

Vc acha que dá pra viver dignamente com o salário mínimo ???

VC APROVA O AUMENTO PARA 26.500,00 PARA OS DEPUTADOS????

segunda-feira, 9 de julho de 2012




Já abordei aqui, em oportunidades outras, a questão da prostituição infantil e da mulher. Mas hoje, um outro tipo de degradação moral e material chama a minha atenção, e vem da política. Aliás, a cada dia que passa fica mais difícil entender a arte de ser político no Brasil, porque não consigo vislumbrar até que ponto uma pessoa consegue se prostituir para obter uma vantagem política, sem se importar com o que foi, com as posições adotadas ou frases ditas durante sua história parlamentar. É o que vem acontecendo com Lula, justamente ele, o bom moço, o bom samaritano, o defensor dos pobres, o que vinha para salvar porque dotado de poderes morais e éticos quase divinos.
É claro que ele vai dizer, independentemente de qualquer princípio, que este é o único meio de fazer política e resolver os problemas do povo. E o povo, claro, babando na gravata, para ele vai se abaixar mais uma vez até que o rabo apareça. Tudo bem! É problema do povo, que já dizia vovó Cândida, sempre "tem o governo que merece".
A união de Lula e Maluf, hipótese nunca antes imaginada "na história desse país", mostrada em imagens constrangedoras por toda a mídia, é um daqueles fatos que nos faz desacreditar nos homens, na moral, na ética ou em qualquer outra coisa do gênero. Ela mostra, ao menos para os que querem enxergar a realidade política do Brasil, até onde alguém pode se prostituir, vender suas ideias, seu passado, atropelando o próprio brio, suas convicções, certezas, ideais e posturas adotadas em sua caminhada política.
Leia as frases abaixo e deixe o seu comentário:
"Quando nos opusemos ao colégio eleitoral, em 1984, acusaram o PT de estar apoiando a candidatura de Paulo Maluf à Presidência da República" (Lula, em 26 de julho de 1988, na "Gazeta Mercantil")
"O símbolo da pouca-vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa própria vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente" (Lula, presidente do PT, ao jornal "Folha de S. Paulo", em 28 de junho de 1994)
"O Maluf é que deveria estar atrás das grades e condenado à prisão perpétua por causa da roubalheira na prefeitura" (Lula, então presidente de honra do PT, sobre Maluf, em 24 de julho de 2000, durante campanha por Marta Suplicy)
"Estou feliz. Afinal, não estamos em campanha. Enquanto isso, alguns desocupados, como é o caso de Lula, andando pelo Brasil com emprego dado pelo PT, ganham o dinheiro dos trabalhadores" (Paulo Maluf, em 18 agosto de 1993, em entrevista ao "Jornal da Tarde")
Quero evitar que o PT tenha aqui base para alavancar a eleição do Lula em 2002. Foi o que eu disse para um amigo, na sua empresa de mil funcionários: 'Você colocaria o Lula como diretor de recursos humanos?" Ele respondeu que não, e eu disse: "Peraí. Não serve para ser diretor da sua empresa e serve para ser presidente da República?" (Maluf sobre Lula, em 27 de outubro de 2000, na "Folha de S. Paulo", quando candidato à Prefeitura de São Paulo)
"(Lula) foi o presidente que ajudou as empresas, ajudou a gerar empregos, ajudou os pobres e se os bancos brasileiros estão em situação melhor do que os bancos europeus e norte-americanos é graças à clarividência do presidente Lula, que pode se inscrever entre os melhores presidentes da República que o Brasil teve" (Paulo Maluf, após encontro com Lula e Haddad, em 18 de junho de 2012)
"O movimento malufista insiste em sobreviver, mas tudo indica que desta vez está definitivamente morto, porque o povo de São Paulo não aguenta mais, não tolera mais, não suporta mais ver seus interesses e a qualidade de sua vida submetidos a um governo incompetente, despreparado e corrupto" (Luiza Erundina sobre Maluf, em 15 de março de 2000, em discurso na Câmara dos Deputados)
"Ele já deve ter lido minhas entrevistas. Lula deve ter percebido o fora que deu (ao fazer fotos com Maluf)" (Luiza Erundina, deputada federal pelo PSB, em entrevista nesta quarta-feira (20/06)
"Maluf teve responsabilidade, ajudando a ditadura militar a esconder seus crimes. Conviver com essa pessoa não dá. Muito menos fazer política com ele" (Luiza Erundina, deputada federal pelo PSB, em entrevista nesta quarta-feira (20/06)
AAAAARGHHHHH!!! VOU VOMITAR!!!
Fonte: Dando Pitacos

sábado, 7 de abril de 2012

Dilma e os "importados"





Por que a presidente circula em carrão importado?

6 de abril de 2012
Autor: Carlos Alberto Sardenberg
pequeno normal grande
Carlos Alberto Sardenberg
Por que não um modelo com mais conteúdo nacional, movido a etanol?
A presidente Dilma acredita que, com o aumento “extraordinário” de importação de carros, está em curso “uma tentativa de canibalização” do mercado brasileiro.
Não explicou o que entende por “canibalização”, mas ela mesma dá um exemplo de como e por que ocorrem as importações. A presidente circula em um Omega blindado, produzido pela General Motors na Austrália e importado pela GM brasileira.
Também se incluem na frota presidencial carros Ford Fusion, fabricados no México e importados pela mesma montadora. Entre os Fords, aliás, há um híbrido – movido a dois motores, um convencional, a gasolina, e outro elétrico. Trata-se da aposta da companhia para a era dos veículos mais amigáveis com o meio ambiente.
Daí, duas perguntas: 1) por que o Ômega? E, 2) por que não um veículo movido a etanol, a aposta ambiental brasileira?
Para a primeira questão, explica o Gabinete de Segurança Institucional (GSI): “(esse carro) atende, em melhores condições, os requisitos técnicos estabelecidos para garantir a segurança presidencial”. Acrescenta: “Tais requisitos não são preenchidos por nenhum produto de fabricação nacional.”
Ora, por que as montadoras aqui instaladas – que formam a indústria nacional protegida pelas medidas do governo – não fabricam esses carros de maior qualidade e conteúdo tecnológico?
Elas produzem aqui os modelos populares, básicos e alguns médios. Na Argentina, os médios, já de maior valor agregado. Os carrões são fabricados em diversos outros países, desenvolvidos, como Austrália e Alemanha, e mesmo emergentes, como o México, por exemplo, de onde podem ser importados para o Brasil livres de impostos, conforme o acordo firmado entre os dois países há dez anos.
A indústria local continua, pois, superprotegida. E o consumidor paga a conta.
Esse foi o arranjo que as multinacionais organizaram para sua produção global. Vai daí que as grandes importadoras de carros (e peças) são também as grandes produtoras nacionais.
Estariam essas montadoras canibalizando seu próprio mercado interno? Não faria lógica, não é mesmo? Elas importam os carros que não querem ou não conseguem produzir aqui com qualidade e preço internacional. Resumindo, a Ford mexicana é mais eficiente que a brasileira. Idem para a GM australiana em relação à local.
Cresceu no último ano a importação de carros chineses e coreanos de marcas sem fábricas no Brasil. Esses veículos impuseram forte concorrência em algumas faixas ocupadas pelas montadoras locais. Mas o volume dessas importações nem chega a arranhar o mercado brasileiro – 3,5 milhões de veículos/ano, o quarto ou quinto no mundo – muito menos canibalizar.
Do ponto de vista macro, não há como atender um mercado de 3,5 milhões preferencialmente com importações. As montadoras precisam se estabelecer e produzir aqui, o que estão fazendo. A questão é: o que vão fabricar? A que preço?
O regime automotivo anunciado nesta terça pela presidente exige que os carros aqui produzidos tenham mais conteúdo nacional, que as empresas gastem mais com engenharia e pesquisa, mas não exige que se fabriquem aqui os “carrões”. As montadoras (e o governo) sabem que, nas condições estruturais da economia brasileira, não haveria como cumprir essa regra.
A indústria local continua, pois, superprotegida. E o consumidor paga a conta. O imposto bem mais elevado cobrado sobre chineses e coreanos eleva seus preços e alivia a concorrência que faziam com básicos nacionais. As quotas sobre os importados do México reduzem a oferta e, pois, aumentam os preços.
Resultado: o carro local, que já é mais caro do que em qualquer outro lugar do mundo, tende a ficar mais caro ainda. E continuamos a importar os carrões, inclusive os coreanos, também mais caros.
Assim, quando a Presidência renovar sua frota de importados, também pagará mais caro – a menos, claro, que as montadoras façam algum tipo de gentileza, o que, aliás, não seria ético.
Mas, se o espírito é genuinamente nacionalista, se estamos sendo atacados por práticas predatórias estrangeiras, como Dilma e Mantega repetem todos os dias, por que a Presidência não nacionaliza sua frota? O último pacote reforçou a regra pela qual o governo, nas suas compras, deve dar preferência ao nacional mesmo quando este for até 25% mais caro que o importado.
Logo, vendam os Ômegas e Fusions e comprem os modelos com mais conteúdo nacional, todos movidos a etanol.
Não é provocação. Trata-se apenas de ilustrar o equívoco da política industrial. Suponha que o governo nacionalize mesmo toda sua frota, o que aconteceria? As autoridades, incluindo a presidente, circulariam em carros, digamos, mais modestos e menos seguros, e a indústria nacional continuaria produzindo… as mesmas carroças de sempre, quer dizer, os tais carros sem “os requisitos técnicos estabelecidos para garantir a segurança presidencial”. E, acrescentaríamos, sem o conforto que merecem as autoridades.
Fonte: O Globo, 05/04/2012

De quem é a culpa ?





Nas imagens da TV, nas denúncias dos jornais, nas conversas de rua e em abaixo-assinados encaminhados ao Congresso Nacional, o tema da corrupção – um velho conhecido do debate público brasileiro – ganhou mais espaço nos últimos anos. Como você será informado na entrevista a seguir, pesquisas registram inéditos 74% dos cidadãos a considerarem “muito grave” o problema, que contamina amplos setores da sociedade, sem discriminação, de funcionários públicos a empresários, passando por políticos de todas as colorações ideológicas e até magistrados.
“Antes tolerada na ideia do ‘rouba mas faz’, a corrupção está na ordem do dia como um problema que a população quer ver enfrentado pelo governo, a cidadania e o sistema político”, sustenta um dos grandes estudiosos do assunto, o cientista político Leonardo Avritzer. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com pós-doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, Avritzer acaba de organizar, em parceria com o também cientista político Fernando Filgueiras, a coletânea de ensaios Corrupção e Sistema Político no Brasil (Civilização Brasileira).
O trabalho responde à perplexidade causada essa semana pelas cenas exibidas pelo “Fantástico” no último domingo – quando um repórter se fez passar por gestor do Hospital Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro, a combinar propinas e manipulação de licitações com representantes de empresas do setor de saúde. Indignação amplificada pela denúncia, feita pela reportagem do Estado, do envolvimento de 4 dos 12 desembargadores do Tribunal de Justiça do Tocantins em um esquema de corrupção e venda de sentenças.
O pesquisador rejeita a ideia de que a corrupção seja um fenômeno inevitável, inerente ao sistema político brasileiro e tributário de nossa herança ibérica: “Os EUA, no começo do século 20, eram considerados pelos europeus um país com níveis altíssimos de corrupção e mudaram essa percepção”. Vê alguns sinais de mudança expressos na mobilização pela Lei da Ficha Limpa e no aperfeiçoamento de instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Controladoria-Geral da União (CGU). Mas alerta para o risco que a deslegitimação da classe política brasileira representa para nossa jovem democracia. O antídoto, diz Avritzer, vai além da faxina voluntarista empreendida pela presidente Dilma Rousseff – passa por uma série de reformas pontuais que altere o financiamento de campanhas eleitorais e as relações entre o Executivo e o Legislativo no País. “A corrupção só vai diminuir se o custo de ser corrupto aumentar.”
O Estado de S. Paulo – O que as cenas que vimos na TV revelam?
Leonardo Avritzer – Elas mostram como a corrupção é uma via de mão dupla: é difícil falar em corrupto sem falar em corruptor. Não dá para falar em corrupção estatal sem falar na corrupção de grandes fornecedores que vivem de contratos com os governos federal, estadual e municipal. São cenas que preocupam, pois o Brasil tem um Estado relativamente grande, que não pode crescer mais – ele tem que ser eficiente. As imagens mostram por que o gasto social é tão pouco eficiente no País.
Estadão – E quando a corrupção está entranhada em instituições que deveriam puni-la, como o TJ do Tocantins, outro caso divulgado agora?
Avritzer – O problema do Judiciário é que ele ainda tem um sistema de controle muito limitado de seus membros, em relação ao que existe nos outros dois poderes. É um absurdo que a lei orgânica que rege a magistratura date do período anterior à redemocratização e um desembargador condenado ganhe como punição a aposentadoria antecipada – isso é quase um prêmio por ter se corrompido. O advento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma tentativa de mudança, mas está apenas começando e enfrenta muita resistência, como vemos.
Estadão – Existe diferença entre a corrupção para fins de enriquecimento pessoal e aquela para financiamento de campanha – como se tentou argumentar na época do mensalão?
Avritzer – Nenhum tipo de mau uso do recurso público é justificável. Sei que existe uma discussão frequente no Brasil sobre o péssimo sistema de financiamento de campanha – que, com o tempo, criou uma regra implícita de que se pode desviar dinheiro do Estado para financiar campanhas. Mas uma vez que você autoriza esse tipo de prática em relação aos gastos do Estado não é mais possível saber o que vai para o partido ou para o bolso da pessoa – o ilícito está autorizado. E ele deve ser punido.
Estadão – Há quem diga que certa dose de corrupção é inerente ao sistema político.
Avritzer – A corrupção é um fenômeno com diferentes tipos de consequência: moral, financeira, política. Embora no Brasil não haja uma literatura tão vasta sobre o tema, nos EUA o debate é bastante comum. Por exemplo, existe um trabalho sobre Nova York feito nos anos 90 que mostra como a cidade, ao tentar controlar obsessivamente todas as formas de corrupção, reduziu demais a eficiência dos serviços públicos. A lição é de que, como não é possível controlar tudo, é preciso ter foco. Para voltar ao caso revelado pelo Fantástico, se o controle fosse feito em termos de quantos recursos são gastos ao ano por paciente ou sobre a mortalidade média no hospital, talvez tivesse sido possível evitar aquilo ali.
Estadão – O sr. critica autores que consideram a corrupção um fenômeno quase ‘natural’ no País, ligado a nossa herança ibérica. Por quê?
Avritzer – Porque países com alta incidência de corrupção no passado conseguiram controlá-la. Os próprios EUA. No começo do século 20, eram considerados um país com níveis altíssimos de corrupção, o que preocupava demais os europeus, que já vislumbravam seu futuro de liderança. E os americanos conseguiram controlar essa corrupção. É exatamente isso que se debate com mais força no Brasil hoje: a possibilidade real de se controlar a corrupção. Porque a opinião pública quer, já não existe mais a ideia do “rouba mas faz” do (ex-prefeito e ex-governador de São Paulo entre as décadas de 40 e 60) Adhemar de Barros, e porque o Estado precisa ser mais eficiente para justificar os recursos que arrecada da população. Além disso, melhorou a ação de certas instâncias de controle do Estado brasileiro: a CGU, a PF, o próprio Judiciário.
Estadão – É fato que a sociedade brasileira não aceita mais o ‘rouba mas faz’?
Avritzer – Em 2008 e 2009, fizemos no Centro de Referência do Interesse Público, uma série de enquetes. Vamos aplicar outra até o final deste ano. A ideia é ter uma série histórica sobre como a opinião pública brasileira vê a corrupção, que serviria para orientar políticas públicas para a área. A primeira coisa que a gente pergunta é se a corrupção é grave, muito grave, pouco grave ou nada grave. Hoje, 74% dos brasileiros a consideram muito grave, e mais 20% dizem que é grave. A corrupção está na ordem do dia como um problema que a população quer ver enfrentado pelo governo, a cidadania e o sistema político.
Estadão – Mas será que essas pessoas que condenam publicamente a corrupção não a praticam no seu dia a dia?
Avritzer – A corrupção vem de um sentimento de impunidade. E o custo de ser corrupto no Brasil é baixo. Mas a sociedade brasileira está vivendo um processo de mudança em relação a algumas atitudes. Um exemplo é o visível anseio por punições mais rigorosas nos casos de acidentes de carro com morte relacionados ao alcoolismo. Nossa cultura sempre foi leniente na punição desses casos, mas parte significativa da sociedade está preocupada em botar um fim nisso.
Estadão – A presidente Dilma anda às turras com sua base aliada no Congresso, mas a julgar pelos altos índices de aprovação de seu governo nas pesquisas, a ‘faxina’ atribuída a ela agradou ao eleitorado. É outro sinal de que a sociedade não aceita mais a corrupção?
Avritzer – Sim. Mas embora a presidente tenha dado um passo à frente ao dizer que não iria tolerar corrupção em seu ministério, não gosto da ideia de “faxina”. Pois a saída ou não de um ministro de determinada pasta não significa que a corrupção vá deixar de existir ou de que os “malfeitos” vão receber tratamento adequado por parte do governo. A corrupção só será de fato coibida no País no médio prazo, com o aprimoramento institucional dos órgãos de controle. O problema só vai diminuir se o custo de ser corrupto aumentar. A sinalização política de Dilma é importante, mas não basta.
Estadão – Em que medida o presidencialismo de coalizão à brasileira favorece práticas escusas?
Avritzer – Uma coisa é o presidencialismo de coalizão, outra é ele tal como praticado no Brasil. Não existe, em princípio, nada de errado ou estruturalmente incorreto no fato de o presidente criar uma base forte, muito mais ampla que o partido dele, para governar. O problema não está aí, mas na ideia de que um ministério “porteira fechada” entregue a um partido seja usado para financiamento de suas campanhas. Aí temos um problema dos mais graves para o sistema político. Porque ele deslegitima não só o Congresso Nacional, mas o sistema como um todo, o que é ruim para a democracia. É preciso mexer no modo de distribuição de ministérios e no sistema de financiamento de campanha. A maneira como o presidencialismo de coalizão está sendo praticado no País leva, de fato, água ao moinho da corrupção.
Estadão – Autores como Barry Ames acham que o sistema político brasileiro não funciona, pois produz crises sucessivas de governabilidade. Outros, como Fernando Limongi, sustentam que o importante na análise é a taxa de aprovação de propostas do Executivo, que gira em torno de 71%. Quem tem razão?
Avritzer – Nosso Executivo tem capacidade de governar, mas paga um preço alto demais. É claro que se quer que um governo consiga aprovar uma parte grande das propostas que ele leva ao Congresso. O problema é como ele consegue essa taxa de sucesso e o que isso vai deixar de rastro. E esse “como”, a gente sabe, é através de emendas parlamentares mandando recursos a associações, prefeituras e lugares onde são frequentemente mal utilizados. No fim do ano passado surgiu uma proposta de inovação interessante, de os prefeitos pedirem diretamente as obras que querem ver incluídas no orçamento e isso deixar de ser função do parlamentar. Pessoalmente, sou a favor. Quem tem que dizer quais são as obras prioritárias são as prefeituras, as cidades. E o parlamentar tem que cuidar de questões legislativas e que não estejam tão diretamente ligadas financeiramente a sua base de apoio eleitoral.
Estadão – O sr. cita como marco zero do aprimoramento das instituições de controle do País a Constituinte de 1988. De lá para cá, quais delas se aperfeiçoaram?
Avritzer – O Tribunal de Contas da União (TCU) já existia antes da Constituinte, mas a lei orgânica de 1992 deu a ele um conjunto de atribuições novas que o ajuda a desempenhar melhor seu papel – um exemplo é a possibilidade de interrupção de obras. A CGU, que começou a atuar entre 2002 e 2003, também tornou-se muito importante pelo controle que exerce dentro do próprio governo, no momento em que ele está realizando suas ações. E a PF tem sido fundamental por seu papel de coibir a corrupção, especialmente nos casos de crime organizado, e também por ser uma instituição que melhorou demais a qualidade dos processos que realiza – o que, com o tempo, terá impacto no número de casos efetivamente punidos no Judiciário. Mas é preciso fazer mais.
Estadão – Qual é o nó na questão da impunidade?
Avritzer – O problema da presunção de inocência. Tal como ela é entendida pelo nosso Judiciário, torna a punição muito complicada. A condenação de uma pessoa em duas instâncias já deveria ter alguma consequência. Frequentemente, no entanto, pode-se recorrer até ao Supremo Tribunal Federal – e o que a gente verifica é que, dos cerca de 5 mil recursos que chegaram até ele, apenas 7 foram aceitos. Ou seja, ir ao STF transforma-se em mero subterfúgio para adiar a punição. É preciso rever isso.
Estadão – Para alguns, a reforma política é a ‘mãe de todas as reformas’ que o Brasil precisa fazer. Outros a consideram uma ‘falsa panaceia’. Qual é sua opinião?
Avritzer – Eu defendo a reforma política, mas concordo também que ela é frequentemente tratada como panaceia. Uma reforma só será possível no Brasil se ela for pontual: essas propostas generalizantes que apareceram nos últimos anos, alterando todas as regras do sistema político, são impossíveis de serem aprovadas no Congresso. Em segundo lugar, ela precisa de uma participação mais ativa da sociedade civil. Uma proposta como a (Lei da) Ficha Limpa estaria guardada em alguma gaveta do Congresso se não tivesse sido proposta pela sociedade e entrado na Câmara com 1 milhão de assinaturas, com forte apoio da imprensa.
Estadão – E quais seriam os pontos dessa reforma?
Avritzer – Um ponto é o financiamento público de campanha, que nem precisa ser exclusivo, mas garanta um montante suficiente para viabilizar uma candidatura. O que temos de criar é uma equalização no sistema, pois como ele está hoje a gente ouve a queixa de que “não dá para concorrer sem botar a mão no dinheiro sujo”. É papel do Estado criar essa alternativa. Outro ponto diz respeito à relação entre o Executivo e o Legislativo. Infelizmente, todos esses problemas que comentamos aqui tornaram o Legislativo um poder muito mal avaliado pela opinião pública brasileira. E um dos desafios da democracia brasileira neste momento é aumentar a legitimidade do Poder Legislativo. Atualmente ele se encontra espremido entre dois poderes: um que é forte desde 1930, o Executivo, e outro que é forte desde 1988, o Judiciário. É preciso, entre outras coisas, criar um corpo técnico de qualidade no Congresso para ajudar o parlamentar a decidir e preparar seus projetos. Hoje o que existem são assessorias eleitorais.
Estadão – Essa semana uma operação da Justiça italiana prendeu 40 pessoas, entre elas 16 juízes que colaboravam com a máfia. Alguns cientistas políticos chamam a atenção para a crise institucional que houve na Itália após a Operação Mãos Limpas. Uma faxina em grande escala traz riscos à democracia?
Avritzer – A ideia de que se você retirar um grande grupo de pessoas do sistema político fará com que ele se torne imediatamente honesto, limpo e eficiente depois disso não se sustenta. A Itália está aí para mostrar que não é assim. Provavelmente houve mais corrupção na era Silvio Berlusconi (do partido Liga Norte), depois da Operação Mãos Limpas, o que no período Bettino Craxi (primeiro-ministro de 1983 a 1987), quando ela começou. Isso porque as instituições se fragilizaram, a Itália se tornou praticamente um país sem partidos e abriu espaço para o populismo que vimos nos últimos anos. Por isso, meu argumento é de que o Brasil combata a corrupção com uma agenda positiva, que é a do fortalecimento dos órgãos de controle mais a realização da reforma política. Só assim avançaremos na direção de uma democracia estável e de qualidade mais alta.
Fonte: O Estado de S. Paulo

De quem é a culpa ?

domingo, 18 de março de 2012

Soldado de goias é agredido covardemente pelo Tenente Pedro Henrique Paiva

Uma covardia sem tamanho veio a tona nesta semana. As imagens são impressionantes e revoltantes. Demostrando nenhum preparo o Tenente desfere vários tapas no soldado.
Espera-se justiça neste caso e que este servidor seja demitido da corporação.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

sábado, 31 de dezembro de 2011

Divórcio em 48Horas. Saiba um pouco !!






Direito de Família

Novidade: divórcio em 48 horas

Pouca burocracia e rapidez é tudo que um casal deseja na hora em que decide se divorciar.

De agora em diante, o casal que estiver se separando ou se divorciando de forma amigável, sem filhos 

menores ou inválidos, poderá evitar o longo prazo da tramitação judicial, fazendo-o diretamente em 
Cartório de Notas. Os advogados das partes elaborarão uma minuta dos termos e condições da 
separaçao ou divórcio, inclusive definindo a partilha de bens, pensão alimentícia, se houver, e se o
 cônjuge voltará a usar o nome de solteiro ou não, bem como outras questões particulares.

Após tudo acordado e decidido, o tabelião lavrará o ato, transformando-o em escritura pública e as

 partes o assinarão. Depois o levarão para averbar junto ao Cartório do Registro Civil, e se houver 
imóveis a partilhar, também no cartório de Registro de Imóveis para as eventuais alterações de 
propriedade imóveis.

O casal poderá ficar isento das despesas se comprovar que não tem condições financeiras para

 pagar as despesas do cartório.

Fonte: Lei nº 11.441/07
Informação de utilidade pública assinada pela advogada Luciana Xavier, consultora jurídica do projeto JurisWay

sábado, 24 de dezembro de 2011

A voracidade da carga tributária brasileira

O apetite fiscal

17 de dezembro de 2011
Autor: Ricardo Galuppo - Convidado
pequeno normal grande
Ricardo Galuppo
Existe um recorde que o Brasil não se 
cansa de bater: o da arrecadação de 
impostos. O PIB pode escorregar.
 As exportações podem ficar 
estagnadas. As vendas do comércio
 podem andar para trás.
A indústria pode funcionar em marcha lenta.
Mas a arrecadação nunca para de crescer.
 Ano após ano, a máquina fiscal
demonstra sua eficiência e leva para os
 cofres públicos mais dinheiro do que no
exercício anterior.
Em 2011, o número deve bater
 R$ 1,5 trilhão – o equivalente a 36% do PIB, considerando-se as arrecadações federal,
estaduais e municipais.
Apenas em impostos federais, entre janeiro e novembro de 2011, foram arrecadados
 R$ 892 bilhões. É muito dinheiro e poderia ter um impacto muito mais perceptível sobre a
economia se, na ponta das despesas, a máquina pública demonstrasse a mesma eficiência.
No entanto, não é essa impressão que se tem quando se observa a quantidade de obras por
fazer, de planos que não saem do papel e a demora em atender a necessidades que deveriam
 ter sido supridas há muito tempo.
Esse, aliás, é o pior lado dessa questão: a sensação de que o esforço fiscal, que no final das contas
 é da sociedade, tem pouco efeito prático. Ano após ano, as companhias brasileiras têm se
esforçado não só para competir em seu próprio mercado com os produtos que chegam de todas as
 partes do mundo como, também, para ganhar espaço no mercado global.
E, seja qual for o competidor que enfrentem, elas sempre começam a disputa em desvantagem.
 Não existe, no planeta inteiro, país que cometa tantos desatinos fiscais quanto o Brasil.
Nenhum outro tem tantos impostos, taxas e contribuições (que, entre nós, giram em torno
de uma centena). Nenhum outro tem agentes arrecadadores com interesses conflitantes entre
 si, como ocorre no Brasil.
E, no meio de toda essa confusão, o contribuinte.
Por trás dessa questão, há um aspecto importante. Boa parte do aumento da arrecadação se
dá pela adoção de mecanismos de fiscalização mais eficientes. Com isso, muita gente que antes
se sentia seguro para driblar o Fisco tornou-se um contribuinte mais zeloso – ainda que contra a
 própria vontade.
O problema, no entanto, é que esse ganho de eficiência precisa levar em conta alguns
 aspectos fundamentais. Um deles é o dos limites para a arrecadação. O governo faria um bem
 enorme ao país se compartilhasse com a sociedade parte de seus ganhos fiscais.
Poderia, por exemplo, ampliar os limites de faturamento das empresas beneficiadas pelo
Simples (o regime fiscal diferenciado que atraiu para a formalidade milhares e milhares de
 pequenos negócios). Poderia, na mesma linha, criar uma regra de passagem que
 estimulasse o crescimento dessas companhias.
Isso porque as vantagens conferidas pelo Simples são tão grandes em relação ao modelo
tradicional de tributação que, para muita gente, é mais vantajoso continuar pequeno e
pagar menos impostos do que crescer e ter que suportar a carga indecente que pesa
 sobre as companhias de médio e grande porte.
São sugestões que poderiam ser pensadas agora. Antes que a carga geral torne-se tão pesada,
mas tão pesada que, mesmo com o risco de ser pegas em flagrante, as empresas voltem
a achar vantajoso sonegar.
Fonte: Brasil Econômico, 16/12/2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Procura-se: Autores de latrocínio





Pessoal, estas pessoas são covardes e criminosos de alta periculosidade e a polícia precisa da ajuda da sociedade em geral para captura-los. Um deles já foi preso mas, ainda restam dois infames. 
Não se esqueçam. Segurança é responsabilidade de todos, então vamos formar um corrente e botar esses "animais" em um presidio o mais rápido possível ,pois não são dignos de usurfruir da liberdade após cometer um crime bárbaro e covarde. Mataram para roubar um carro e uma arma de um policial.










Faça sua parte, denuncie !!!!!!!!!!!!!    A próxima vítima pode ser você ou alguém de sua família......